A Confissão frequente

Como não ser grato a Jesus pelo sofrimento vivido e não pedir perdão por ser tão pecador?
De joelhos no chão, não existe melhor maneira de fazer um coração empedernido em coração de carne.
Além de poder participar da Ceia do Senhor que com tanta delicadeza não nos deixa sozinhos, nunca.
RESSUCITOU!

Verbum caro factum est /
Verbum panis factum est.
 

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A Igreja estabelece que nos confessemos todos os anos (havendo pecados mortais). Não indica, porém, quantas vezes o devemos fazer. Aconselha a Confissão frequente. Mas a frequência, o ritmo, o número de vezes, compete a cada um decidir.

A Confissão frequente tem várias vantagens. Vamos expor quatro, mas é possível que tenha muitas mais.

A primeira é a da memória: quanto mais afastado está o momento em que alguma coisa sucedeu, mais dificuldade temos de reproduzir com exactidão o que aconteceu. As faltas praticadas há mais de um mês esbatem-se no esquecimento e só permanecem vivas as que ainda nos ferem, quer pela sua gravidade, quer pelas suas consequências.

A segunda é a da delicadeza: quanto mais frequente a Confissão, mais a pessoa encontra matéria para se arrepender. Quando a frequência é espaçada, tende-se a prestar atenção àquilo que é grande ou grave e a desprezar aquilo que é pequeno ou subtil. Mas todos temos experiência de que há ofensas pequenas e subtis que nos magoam mais do que outras mais descaradas. A delicadeza com Deus leva a reparar nas primeiras.

A terceira é a do conhecimento próprio: quanto menos nos confessamos, menos olhamos para o nosso interior em busca do que não está bem e necessita de uma correcção. A frequência da Confissão acaba por nos mostrar quem realmente somos. Pode acontecer que nos pareça que estamos sempre na mesma, e que os pecados se repetem de uma Confissão para outra. No entanto, se há delicadeza, eles não são exactamente os mesmos, e, de um modo que não percebemos mas que é real, a alma progride e melhora.

E a quarta é a paz e a graça: a Confissão produz o efeito de confirmar a alma na sua luta pela santidade e dá-lhe, ajudas chamadas graças, que se orientam precisamente para as faltas de que se acusou. Quando nos confessamos com alguma frequência experimentamos esse aconchego de Cristo, que nos chega pelo sacerdote e voltamos à luta com forças renovadas. Ora nós necessitamos deste auxílio mais do que uma vez por ano. Sem ele, a nossa luta torna-se muito solitária e é fácil que entre a tristeza e o pessimismo. A Confissão frequente renova a paz e a alegria interior.

Fonte: http://coisaspracticas.blogspot.com.br/2008/02/confisso-frequente.html

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